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Redemoinho
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Botox todo poderoso

Horácio Guimarães

Protagonista do próximo livro de Paulo Drama a ser lançado em breve.

Visão

Miopia operada, vista cansada
e tendência a glaucoma controlada por uma gota de colírio em cada olho há 10 anos.

Valores

Honestidade com bafo, sarcasmo bem escovado e lucidez com olheiras. Abominamos gurus, frases feitas e supostas verdades vendidas em parcelas. Desprezamos hipocrisia disfarçada de elegância, frases de LinkedIn, fake News santificadas e qualquer guru que diga ter respostas, especialmente se cobrar por elas.

Missão

Escrever perfis de personalidades famosas, à beira da fama ou escravas dela.  Textos breves e certeiros, com a leveza de um tijolo e o afeto de uma rasteira. Aqui, mitos caem, hipocrisias fedem e eu me divirto.

A  pichação segundo H.G.

 

Este blog não é um templo e sim um muro velho, meio encardido, onde um idoso 7.0, ranzinza em tempo integral, decidiu deixar suas marcas fora da calçada. Não com tinta fresca nem tipografia moderna, mas com palavras que coçam, incomodam e às vezes fedem como banheiro de rodoviária filosófica. Escrevo pra falar dos outros porque falar de mim já deu no saco. Pra dar o bom exemplo, começo por mim, como todo velho moralista que finge não ser.

Sou viúvo, escritor, ex-editor e atual sobrevivente num Brasil pós-cloroquina, tá okei e aissicrim. Também dou meus pitacos em história e filosofia, sem enrubescer Napoleão muito menos Simone de Beauvoir.  Moro em Pinheiros com meu cachorro, Botox, que, diferente de mim, ainda tem pelos brancos em ordem. Já fui jovem, bonito e convencido. Hoje sou só convencido.

Gosto de literatura russa, filosofia grega e memes idiotas no Facebook. Sou um torcedor palmeirense sem esperança de ter um título mundial. Masturbo-me com discrição, afinal não posso deixar o Botox ver isso, mesmo que ele também goste dessa prática.

Fui casado com uma mulher chamada Clarice, que nunca soube que eu era apaixonado platônico por outra Clarice, a Lispector. Tenho dois filhos: Bianca, que me ama apesar de mim, e Gabriel, que tenta me odiar com perseverança.

Se você veio aqui atrás de esperança, motivação ou frases de efeito pra postar no Instagram, pode voltar pra livraria de autoajuda. Este espaço é pra falar de gente viva, morta, meio viva, meio morta e, principalmente, gente que acredita ser muito importante. Às vezes é, mas continua ridícula.

Não espero curtidas, coraçõezinhos nem compartilhamentos com emoji chorando de rir. Espero que você se irrite, se morda ou, no mínimo, pense: esse velho desgraçado tem alguma coisa interessante que tá escondendo. Minha missão aqui não é agradar. É riscar o verniz, arranhar a pose, apontar o dedo, mesmo com artrite.

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Shapes desbotadas
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