Neymar - Sênior na bola, Júnior na mente
- Paulo Pereira de Araujo
- 20 de mai.
- 1 min de leitura

Neymar e a arte de cair com estilo
Ah, o Neymar. Esse prodígio tropical de talento e falta de senso da realidade. Um homem que corre como um deus mas pensa como um influenciador digital em crise de identidade. O menino Ney, assim o chamam até hoje, mesmo com trinta e poucos anos nas costas, uma conta bancária obscena e um histórico de quedas mais longo que a economia argentina.
Neymar é o símbolo perfeito do nosso tempo: adorado sem leitura, milionário sem causa, ególatra de stories e performances. Dentro de campo, claro, às vezes brilha, um drible aqui, um gol bonito acolá. Mas logo depois vem o tombo dramático, o olhar suplicante pro juiz, a mão no tornozelo e a alma no Instagram.
É um gênio com alma de garoto-propaganda. Um talento desperdiçado em jatinhos, fones caríssimos e festas temáticas com convidados vestidos de unicórnio. Ele poderia ter sido o maior jogador brasileiro desde o Ronaldo Fenômeno. Mas preferiu ser uma celebridade de ocasião, dessas que aparecem mais em sites de fofoca do que nas capas esportivas.
E quando abre a boca... ah, aí vem a tragédia cômica. Fala em Deus, família e pátria, como se fosse um estadista da bola, mas a cada declaração parece que tá tentando nos convencer de que a ignorância é um tipo de estilo de vida.
Não o odeio, seria como odiar um bolo muito doce: enjoa, mas tem sua função. Neymar é isso, um reflexo caro e bem penteado do Brasil que aplaude sem ler, idolatra sem pensar e cai sem nunca aprender a levantar de verdade ֎
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