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Períodos históricos

Atualizado: 9 de out.


A história fatiada em períodos


Na última postagem apresentamos o que é e para que serve a história. Como o seu tempo de desenvolvimento é extremamente longo, os historiadores ocidentais a dividiram em períodos com base em um sistema de categorização influenciado por dados geográficos e antropológicos. A geografia mostra como os grupos de pessoas em diferentes áreas se relacionam. Os dados antropológicos fornecem informações sobre diferentes aspectos culturais e do comportamento humano.


A passagem de um período histórico para outro é marcada por uma mudança ou um fato importante ocorrido em uma dessas etapas. A transição nem sempre é tão clara e marcante, pois as mudanças ocorrem lentamente.



Não há, entretanto, um consenso sobre isso pois existem muitas outras maneiras para agrupar os eventos históricos levando em consideração aspectos políticos, culturais e econômicos. Há, inclusive, debates sobre a adição de outras categorias para subdividir ainda mais a experiência humana, adicionando uma era contemporânea mais recente, com base no avanço significativo e na mudança geográfica após as duas guerras mundiais.


A primeira divisão é a cristã, que separa o tempo em duas partes: antes e depois de Cristo. Por esta razão, qualquer data a que nos referimos e que seja anterior ao nascimento de Cristo é indicada com o acréscimo de a.C. (antes de Cristo) e se ocorreu posteriormente, deve ser acrescentado d.C. (depois de Cristo).


Classificação dos períodos históricos


Pré-História desde a origem da humanidade há cerca de 2 ou 3 milhões de anos a.C. até a invenção da escrita, por volta de 3.000 anos a.C.


Idade Antiga do surgimento da escrita há 3.000 a.C. a 476 d.C., com a queda do Império Romano do Ocidente.


Idade Média de 476 d.C. a 1453 d.C., com a queda do império Romano do Oriente. Alguns historiadores, entretanto, consideram 1492, ano da chegada dos espanhóis na América.


Idade Moderna – de 1453 d.C. a 1879 d.C., com a Revolução Francesa. Nem todos os historiadores concordam, alguns marcam o fim da Idade Moderna em 1815 d.C., com o Congresso de Viena, e outros ainda consideram de 1848 d.C., com os movimentos revolucionários.


Idade Contemporânea – desde 1879.


Pré-História


O período pré-histórico é muitas vezes referido como Período 1, porque inclui a Pré-História, o primeiro período em ordem cronológica da história e os eventos que se situam mais distantes e que coincidem com o aparecimento dos primeiros hominídeos há 2 ou 3 milhões de anos.


O período que reunimos sob o título de Pré-história é o maior de todos os períodos históricos, pois vai desde o aparecimento dos primeiros hominídeos até a invenção da escrita, iniciada pelos mesopotâmios por volta de 3000 aC.


A Pré-História é o maior de todos os períodos históricos, pois abrange desde o aparecimento dos primeiros hominídeos até a invenção da escrita, iniciada pelos mesopotâmicos por volta de 3.000 a.C. É, portanto, todo o passado humano anterior à escrita. Nesse período, o homem primitivo criou a linguagem como meio de comunicação, aprendeu a viver em comunidade, a utilizar o fogo, a domesticar animais e a produzir alimentos, dando origem à agricultura. Além disso, criou a pintura, a cerâmica e as primeiras organizações sociais e políticas.


Só é possível aprender sobre esse período com os achados arqueológicos que mostram uma grande disseminação de padrões migratórios sendo gradualmente alternado para um estilo de vida sedentário por volta de 4000 a.C.


Descobertas de antigos assentamentos mostram o desenvolvimento de ferramentas agrícolas primitivas, que permitiram essa mudança. A Mesopotâmia ou crescente fértil foi uma das primeiras áreas colonizadas por humanos, com cidades, como Uruk, sendo formadas pelos sumérios por volta de 3000 a.C., embora outras formas de escrita tenham sido criadas de modo independente em diferentes regiões do mundo.

Com base no material utilizado para a construção de ferramentas e no desenvolvimento de técnicas de trabalho, os historiadores dividem a Pré-História nos seguintes períodos:

Paleolítico superior ou Idade da Pedra Lascada – 45.000 a 8.000 a.C.

Já havia certa organização social e senso de família, pois viviam em clãs, sem religião e eram extrativistas nômades. Alimentavam-se da caça, da pesca e da coleta de frutas. Usavam a pedra lascada, ossos e madeira para fazer ferramentas utilizadas na caça. Uma das conquistas mais marcantes foi o domínio do fogo. Isso lhes permitiu cozinhar, se aquecer e iluminar a noite.


Neolítico ou Idade da Pedra Polida

Foi desenvolvido o polimento das pedras e o uso do metal para a produção dos instrumentos de trabalho. O homem desenvolveu a agropecuária, ficou sedentário, viveu em aldeias, domesticou animais e iniciou rituais místicos.

Idade dos Metais


Período que se estende de 5000 a.C. até o surgimento da escrita pelos sumérios, por volta de 3.000 a.C.. A produção de peças de metal constituiu um forte impulso para o comércio. Isso aumentou a riqueza de algumas aldeias, que cresceram e se transformaram em cidades.


A passagem de uma fase a outra se dá porque o ser humano começa a produzir seu próprio alimento, ou seja, inicia-se a agricultura e a pecuária que provocaram grandes mudanças no modo de vida desses grupos.

Nossos ancestrais deixaram de ser nômades e formaram grupos sedentários pois não precisavam mais se deslocar para procurar alimentos, já que eram capazes de produzi-los. As primeiras cidades foram criadas e nelas conviviam famílias e membros de uma mesma tribo.

Idade Antiga

Idade Antiga ou Antiguidade é o período da história que é contado a partir do desenvolvimento da escrita a 3.000 anos a.C., até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 da era cristã. É dividido em Antiguidade Oriental e Antiguidade Ocidental ou Clássica. Nele ocorreu o advento do cristianismo, da filosofia grega clássica e do direito romano, muito importantes para a formação do Ocidente.



A Antiguidade Oriental é marcada pelo aparecimento dos primeiros povos civilizados: egípcios, mesopotâmicos, fenícios, persas e hebreus. Esses povos eram fortemente influenciados pelo meio físico-geográfico no qual habitavam. Essa fase é marcada por grande desenvolvimento comercial. Em geral, eles possuíam uma economia baseada na agricultura e na pecuária e utilizavam mão-de-obra escrava.

Os fenícios, que não possuíam condições favoráveis a uma economia agrária, desenvolveram a navegação e o comércio. O mar Mediterrâneo era a principal rota de comércio. A Rota da Seda abrangia a área terrestre entre a China e Roma. Isso também facilitou o contato e o intercâmbio cultural entre as civilizações antigas.

Os principais impérios encontrados neste período são o Império Romano Ocidental, localizado em Roma, o Império Gupta localizado na Índia atual, o Império Han localizado na China atual e o Império Sassânida localizado no Irã atual. As principais religiões desse período foram o cristianismo, o islamismo, o hinduísmo e o budismo.

Idade antiga - Era Clássica (600 a.C. – 476 d.C.)

Marca as origens das primeiras grandes civilizações e envolve a organização e reorganização das sociedades humanas ao longo das civilizações antigas. Algumas delas no início desse período incluíam a Babilônia e a Pérsia. Alexandre, o Grande, conquistou o Império Persa em 331 a.C., dando início ao período helenístico. A civilização grega manteve relatos mais detalhados da história, da política, da filosofia e das realizações científicas.


Idade Média


A Idade Média é dividida em dois subperíodos: a Alta Idade Média (séculos V-X) e a Baixa Idade Média (séculos XI-XV).


A Idade Média é o período da história que tem início em 476 d.C. com a queda do Império Romano do Ocidente e termina em 1453 d.C. com a queda do império Romano do Oriente. Convém acentuar que se trata de uma divisão eurocêntrica porque se refere a acontecimentos relacionados ao continente europeu.


O termo “Idade Média” foi criado pelos renascentistas e um dos primeiros a utilizá-lo foi um italiano do século XV chamado Giovanni Andrea. Esta nomenclatura possuía uma conotação pejorativa, uma vez que tal “tempo médio” era considerado um período que separava a Europa da tradição clássica greco-romana. O período clássico da Antiguidade foi interrompido pela Idade Média, entendida negativamente. O fim desse período, trouxe o resgate da tradição clássica ou um “renascimento”.


Ela ficou marcada pelo desenvolvimento do feudalismo, pelo modo de produção econômica, pelo sistema de organização política e social, pela influência da Igreja, pelas Cruzadas e pela inquisição.


Tradicionalmente, o feudalismo foi sempre entendido como um modelo exclusivamente econômico, mas a opinião predominante entre os historiadores é a de que se trata de um conceito-chave que nos ajuda a entender muita coisa da Idade Média e que não se aplica exclusivamente ao campo econômico. Ele também vale para entender toda a organização social, política, cultural e ideológica da Europa medieval. Seu período clássico foi entre os séculos XI e XIII.


As regiões que presenciaram o feudalismo em sua aplicação clássica pertenciam à Europa Central, destacando-se a França, a Alemanha, o norte da Itália e a Inglaterra. Outros locais, como Espanha e Portugal, também viveram algumas de suas características.

A Igreja Católica cumpria um papel importante naquela sociedade, uma vez que propagava a ideologia que justificava a organização social. Para a Igreja, cada grupo possuía uma função específica a ser realizada, e essas funções haviam sido estabelecidas por Deus. A Igreja, portanto, definia aquela sociedade como estamental, e isso resultava em pouca mobilidade social.


Para muitos estudiosos, a Idade Média é considerada como a idade das trevas, pois é posterior à Idade Antiga, repleta de arte e cultura, e antecede a Idade Moderna, berço do humanismo e do renascimento. Na visão desses historiadores, as constantes guerras entre vilas e o aparecimento de instituições como a Inquisição tornam este período marcado pela escuridão e pela miséria.


Idade Moderna

A Idade Moderna é o período da história que tem início em 1453 d.C. com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e a queda do Império Romano do Oriente e vai até o ano de 1789 d.C., data da Revolução Francesa. É um dos períodos mais breves da periodização clássica, com cerca de 300 anos de duração.



Principais Características


Nesse período surge uma forte evolução com invenções como a imprensa. A chegada dos espanhóis na América, em 1492 d.C., conduz a uma nova forma de ver e compreender o mundo. Desde o final da Idade Média, as cidades vinham crescendo e, portanto, apresentavam um forte desenvolvimento logístico e urbano. Com isso, o feudalismo, sistema econômico vigente deu lugar ao sistema capitalista.

Política na Idade Moderna


O absolutismo era a forma de governo estabelecida. Nele, as palavras do rei valiam enquanto lei e sua vontade e desejo eram uma ordem. Essa forma de dominação era fundamentada pelas teorias de "predestinação divina", que apontavam o rei como eleito de Deus e textos laicos como O Príncipe de Nicolau Maquiavel. Os monarcas europeus observaram seu poder ruir por meio de várias revoluções liberais, até que a Revolução Francesa inicia o processo que derrubará definitivamente o Antigo Regime.

Eventos mais importantes da Era Moderna


Novas correntes de pensamento – o humanismo e o racionalismo se impõem na primeira parte da Idade Moderna. Surgem novas correntes filosóficas inspiradas nos clássicos que trazem o homem para o centro do pensamento e do debate filosófico. O renascimento comercial e artístico, o iluminismo e a reforma protestante mudaram o imaginário social daquele período e suas transformações ainda perduram.


Reforma religiosa – liderada por Martinho Lutero, foi uma grande revolução social, responsável por um duro golpe contra a Igreja católica, a qual reagiu com a contrarreforma, um movimento para debelar o progresso da reforma religiosa.


Grandes navegações – aconteceram graças a descobertas e avanços como o aperfeiçoamento do astrolábio e da bússola, de barcos mais resistentes para viagens marítimas e, mais adiante, do advento das máquinas à vapor.


Revolução industrial – o desenvolvimento do setor industrial possibilitou a criação de máquinas para melhorar os processos industriais para atender à crescente demanda do mercado. O sistema capitalista começa a impor-se graças a um número crescente de classes médias com capacidade de comprar e gerir a sua própria economia.


Expansão da burguesia – essa classe social se consolidou na Idade Moderna porque o comércio e a atividade industrial cresceram, mas eram necessários novos compradores e, com isso, cidades e países começaram a se abrir para o mundo para comprar e vender produtos.


Expansão dos negócios no mar – os turcos haviam bloqueado o comércio no Mediterrâneo e, por esse motivo, a expansão do comércio teve que ser feita pelo oceano Atlântico. Cristóvão Colombo chegou à América porque estava procurando uma rota comercial para a Índia.


Pirataria – devido a essa abertura comercial pelos mares e oceanos, aumenta a pirataria, ou seja, a presença de ladrões que atacam os navios para saqueá-los e tomar conta do motim. Muitos desses navios vinham de negócios com outros países e carregados de riquezas monetárias e materiais.


Aumento da escravidão – devido à descoberta de novas terras e ao imperialismo ocorre o aumento considerável na escravidão humana. Os escravos foram levados da África para as colônias espanholas, francesas, portuguesas e inglesas da América, criando autênticos despovoamentos de áreas africanas e a exploração humana como forma de comércio.


Idade Contemporânea


A atual Idade Contemporânea tem início em 1789 d.C., com a Revolução Francesa. Nela ocorreram o nascimento de sistemas de governo como o republicano, a consolidação do sistema capitalista, a queda do poder da Igreja Católica, o aumento da população mundial, o aparecimento de grandes invenções e a globalização.

Consolidação do capitalismo como sistema econômico – o capitalismo foi consolidado como a forma de organização econômica e social mais popular na maioria dos países do mundo.


Perda do poder da Igreja – o capitalismo e as novas correntes culturais fundadas na razão levaram gradualmente ao declínio da influência da Igreja e das religiões ocidentais.


Aumento demográfico – o aumento da população tem sido constante; porém, a razão não é mais a taxa de natalidade e sim os avanços da medicina e da ciência que aumentam a expectativa de vida das populações.


Aumento da demanda – com o aumento da população mundial, mais produtos básicos são necessários e, portanto, cresceram as indústrias e os recursos naturais estão sendo super explorados.


Globalização – o avanço do capitalismo elevou o comércio e o turismo intercontinental. Grandes empresas multinacionais fabricam seus produtos em países menos desenvolvidos a custos bem mais baixos e vendem esses produtos a países desenvolvidos, maximizando os lucros.


Era extraterrestre?


Muitos estudos desde a chegada do homem à Lua, asseguram que estamos vivendo uma próxima era na história de nossa espécie, que deveria ser chamada de "fase extraterrestre", pois consideram ser a inevitável tentativa de conquista do espaço sideral como a próxima expansão do homem. Como não há unanimidade nesse sentido, a hipótese tem tanto defensores quanto detratores.



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