Agastya Muni, foi um sábio legendário Védico ou Rishi. Muito provavelmente foi quem primeiro popularizou a religião védica no sul da Índia. Ele e seu clã foram os autores de muitos mantras do Rig Veda, a mais antiga e relevante escritura hindu. Ele é considerado um dos grandes Saptarshis ou seja os sete sábios.
Acredita-se que Brahman, o espírito supremo, tenha revelado esses mantras. Na tradição indiana, ele é um notável recluso e um estudioso influente em diversas línguas do subcontinente indiano.
Agastya Muni aparece em vários Itihasas (coleção de descrições escritas de eventos importantes) e Puranas (histórias), incluindo os principais: Ramayana e Mahabharata. Ele é reverenciado como um dos Tamil Siddhas. Amplamente usado nas religiões e culturas indianas, o termo “siddha” deriva da raiz sânscrita sidh, que significa “ser realizado ou realizado” e refere-se a mestres aperfeiçoados que alcançaram alto grau de perfeição do intelecto, bem como de libertação ou iluminação.
Tamil siddha é uma filosofia religiosa pouco ortodoxa nas tradições da Índia associada ao misticismo. Com sede no sul da Índia, o Tamil siddha faz parte de um movimento siddha maior em todo o sul da Ásia e do yoga tântrico.
Na tradição Shaivite (adoradores do Senhor Shiva), Agastya Muni inventou uma das primeiras gramáticas da língua Tâmil e foi pioneiro no desenvolvimento do Tampraparniyan (medicina e espiritualidade), originado nas margens do rio Tamraparani. Também é reverenciado na literatura Purânica do Shaktismo e do Vaishnavismo.
Iniciação à Beira do Lago
O lago Kanti Sarovar foi nomeado “Lago da Graça” porque a primeira transmissão do Yoga aconteceu às suas margens há quinze mil anos quando Adiyogi apareceu nas regiões superiores do Himalaia. Adiyogi refere-se ao Senhor Shiva, o Ser Supremo que foi a fonte divina do Yoga e o primeiro iogue. É o criador de toda a sabedoria iogue, a origem dessa fonte de conhecimento que foi partilhada pela primeira vez há mais de 15.000 anos.
Milhares de pessoas foram até o lago para ouvi-lo, mas ele não disse nada, simplesmente ficou imóvel por meses a fio, foi além de sua natureza física. Apenas os Sapta Rishis (sete sábios celestiais) identificaram isso. Um dia, Adiyogi lhes disse: “Preparem-se, vamos ver” e eles se tornaram receptáculos brilhantes.
Sentados às margens do lago Kanti Sarovar, começaram a ouvir a ciência do Yoga. Ficaram longos períodos em estado de Samadhi (meditação completa) para assimilar essa ciência e o conhecimento e assim se integrarem na forma humana. No Yoga, é a última etapa do sistema, quando se atingem a suspensão e compreensão da existência e a comunhão com o universo. No budismo é usado como sinônimo de concentração ou quietude da mente. Agastya Muni foi o mais proeminente dos sete sábios.
Os Cento e Doze Caminhos
Adiyogi expôs cento e doze maneiras pelas quais um ser humano pode atingir sua natureza última. Ele dividiu esses cento e doze caminhos em sete partes com dezesseis caminhos. Cada um dos sete Sapta Rishis aprendeu dezesseis maneiras de alcançar a plenitude. A tradição diz que eles levaram oitenta e quatro anos para aprender. Lentamente, Adiyogi se tornou tudo para eles.
Quando eles compreenderam e começaram a aproveitar esses dezesseis caminhos, Adiyogi lhes disse: “É hora de partir” e eles ficaram completamente impressionados, não conseguiam pensar em uma vida sem ele, mas ele lhes disse: “É hora de ir. Vocês têm de compartilhar isso com o resto do mundo.”
Diz a lenda que Agastya Muni entrou em seu sadhana (prática espiritual) em um espaço subterrâneo e lá permaneceu em modo de hibernação por um longo período. Quando saiu, tinha integrado completamente o conhecimento como parte de si mesmo, transportando-o não como propriedade intelectual, mas como um processo de repercussão do seu próprio sistema humano. Ele disse:
“As coisas mais preciosas que tenho, algo que é mais precioso para mim do que minha própria vida, são essas dezesseis dimensões que recebi de meu coração e aqui, eu ofereço a você.”
Tudo o que ele aprendeu durante esses longos anos, foi devolvido a Adiyogi. Os demais fizeram o mesmo. Adiyogi disse que era hora de partirem e eles saíram sem nada nas mãos. Esse foi o aspecto mais importante de seus ensinamentos porque eles ficaram vazios, eles se tornaram como o Senhor Shiva. “Shi-va” significa “aquilo que não é”. Eles se tornaram aquilo que não existe.
Todos os cento e doze caminhos encontraram expressão por meio deles. Coisas que nunca conseguiram compreender, coisas para as quais não tinham capacidade, coisas para as quais não tinham a inteligência necessária – tudo isso passou a fazer parte deles porque simplesmente ofereceram tudo o que tinham reunido, os aspectos mais preciosos das suas vidas, de volta para Adiyog e retiraram-se de mãos vazias.
O Pai do Misticismo do Sul da Índia
Jaggi Vasudev, comumente chamado Sadhguru é um yogi, místico e escritor indiano criador da Fundação Isha, uma organização sem fins lucrativos que oferece programas de Yoga ao redor do mundo. Ele se envolve ativamente em divulgação, educação e iniciativas em prol do meio ambiente e da filosofia de vida yogi. Ele afirma que o Yoga chegou num formato particular ao sul da Índia trazido por Agastya Muni. Pode-se dizer que, em muitos aspectos, Agastya Muni é o pai do misticismo do sul da Índia.
Todos os siddhars do sul da Índia seguem muito a tradição de Agastya Muni. Ali misticismo tem um sabor diferente por causa dele. Ele garantiu que algum elemento de espiritualidade esteja na vida de todos. Pode estar desaparecendo, mas se olharmos apenas para a última geração, ainda está lá. Mesmo um simples camponês do sul da Índia contém algum elemento de espiritualidade, graças a Agastya Muni.
Na parte sul da Índia, em qualquer lugar ao sul das montanhas Vindhyachal, em quase todas as aldeias, as pessoas dizem: “Agastya Muni meditou aqui, Agastya Muni viveu nesta caverna, Agastya Muni plantou esta árvore”. Há um número infinito de histórias iguais a essas porque ele tocou todas as habitações humanas ao sul dos Himalaias com um processo espiritual – não como um ensinamento, religião ou algum tipo de filosofia, mas como parte da vida. Assim como sua mãe lhe ensinou como se levantar de manhã e escovar os dentes, o processo espiritual foi ensinado dessa forma.
A maneira como você se senta, fica em pé e faz as coisas, tudo tem uma base espiritual. Apesar de oito a dez gerações de pobreza absoluta, ainda veremos que existe um certo sentido de equilíbrio, alegria e contentamento nas pessoas, que raramente se vê em qualquer outro lugar do planeta.
Criador da Mais Antiga Arte Marcial
A Kalaripayattu é provavelmente a forma de arte marcial mais antiga do planeta e foi essencialmente ensinada por Agastya Muni. As artes marciais não envolvem apenas chutes, socos ou facadas, trata-se de aprender a usar o corpo de todas as maneiras possíveis. Não envolve apenas exercícios e outros aspectos da agilidade, mas também a compreensão do sistema energético.
Kalari chikitsa é um antigo sistema de tratamentos musculares e esqueléticos. Originário de Kerala, no sul da Índia, foi desenvolvido para beneficiar os guerreiros de Kalaripayattu. As técnicas usadas para tratar os antigos combatentes também são altamente eficazes no tratamento de dores e lesões modernas.
Kalari Marma é o tratamento da parte vulnerável do corpo humano. Desde os tempos antigos, os kalaripayattu Gurukkals enfrentam problemas de lesões durante a luta ou treino e tiveram que encontrar uma maneira de resolver esses problemas. Significa conhecer os segredos do corpo e curá-lo rapidamente para mantê-lo em modo regenerativo.
Talvez ainda exista poucos praticantes de Kalari que dedicam tempo, energia e foco, mas aqueles que se aprofundarem, naturalmente avançarão rumo ao Yoga, porque qualquer coisa que venha de Agastya Muni não pode ser de outra forma senão espiritual.
Ao contrário de outras artes marciais, que consistem principalmente em treinar o corpo e a mente para se defender e derrotar um oponente, Kalaripayattu é ensinado como uma ciência completa com instruções sobre anatomia humana, fisiologia e como tratá-las. Também é único na forma como é ensinado e praticado.
Ao contrário de outras formas de arte marcial, o Kalari ensina como incapacitar um oponente através do Praogam e como reanimar a pessoa incapacitada por meio do Upasamanam. Algumas das técnicas de Kalari são tão sutis e estão tão próximas dos processos espirituais que os mestres espirituais consideram a prática de Kalari uma boa preparação do corpo e da mente para experimentar estados mais elevados de consciência.
Agastya Muni na Literatura Védica
Agastya Muni é mencionado em todos os quatro Vedas e é um personagem dos Brahmanas, Aranyakas, Upanishads, épicos e muitos Puranas. Ele é o autor dos hinos 1.165 a 1.191 do Rigveda (~1200 a.C.). Dirigiu uma escola védica (gurukul), como evidenciado pelo hino 1.179 do Rigveda, que credita como seu autor sua esposa Lopamudra e seus alunos.
Ele foi um sábio respeitado na era védica, já que muitos outros hinos do Rigveda compostos por outros sábios referem-se a ele. Os hinos compostos por Agastya Muni são conhecidos por suas brincadeiras verbais e símiles, quebra-cabeças, trocadilhos e imagens impressionantes incorporadas em sua mensagem espiritual.
Existem dimensões inexploradas do corpo humano. Alguns mestres de artes marciais podem matar uma pessoa com apenas um toque. Matar alguém com um toque não é grande coisa. Se você puder fazê-los ganhar vida com um toque, isso sim é uma grande coisa. Com um simples toque, todo o sistema pode despertar. Se você explorar esse sistema humano, verá que é um cosmos por si só. Ele pode fazer coisas tremendas apenas sentado aqui. Esse é o caminho do Yoga e Kalari é apenas uma forma mais ativa dele.
Em um conjunto de hinos, Agastya Muni descreve um conflito entre dois exércitos liderados pelos deuses Indra e Maruts. que estudiosos interpretaram como uma alegoria de uma guerra entre Arya (Indra) e Dasa (Rudra). Agastya Muni reconcilia com sucesso o conflito, faz uma oferenda na qual ora por compreensão e bondade entre os dois deuses. Vinte e um dos vinte e sete hinos que ele compôs na Mandala 1 do Rigveda têm seu final característico: “Que cada comunidade conheça refrigério (comida) e águas vivas.”
Ele passou a ser considerado protetor tanto do Arya quanto do Dasa. No entanto, alguns estudiosos interpretam os mesmos hinos como alegorias para ideologias ou estilos de vida conflitantes porque Agastya Muni nunca usa as palavras Arya ou Dasa, apenas a frase ubhau varnav (literalmente, “ambas as cores”). O tema e a ideia de “compreensão mútua” como meio para uma reconciliação duradoura, juntamente com o nome de Agastya Muni, reaparecem na secção 1.2.2 do Aitareya Aranyaka do hinduísmo.
Outro tema é uma discussão entre ele e sua esposa Lopamudra sobre a tensão humana entre a busca monástica solitária da espiritualidade versus a responsabilidade da vida de um chefe de família. Ele argumenta que existem muitos caminhos para a felicidade e a libertação, enquanto Lopamudra apresenta seus argumentos sobre a natureza da vida, do tempo e da possibilidade de ambos. Ela seduz Agastya Muni com sucesso no hino Rigvédico 1.179.
Agastya Muni no Ramayana
Agastya Muni é mencionado no épico hindu Ramayana em vários capítulos, com seu eremitério (lugar onde vivem os eremitas), descrito como sendo às margens do rio Godavari. No Ramayana, Agastya Muni e Lopamudra são descritos como vivendo na floresta Dandaka, na encosta sul das montanhas Vindhya.
De acordo com o Ramayana, Agastya Muni é um sábio único, de constituição baixa e pesada, mas por viver no sul, ele equilibra os poderes de Shiva e o peso de Kailasa e do Monte Meru. Agastya Muni e sua esposa conhecem Rama, Sita e Lakshmana. Agastya Muni concede a Shri Ram o arco divino feito por Vishwakarma. Ele também dá duas aljavas inesgotáveis com flechas para Shri Ram e Lakshman, uma flecha poderosa chamada Vaishnavastra para Shri Ram, e uma espada divina para Lakshman.
Rama elogia Agastya Muni como aquele que pode fazer o que os deuses consideram impossível. Rama o descreve como o sábio que pediu às montanhas Vindhya que se abaixassem para que o Sol, a Lua e os seres vivos pudessem facilmente passar por cima delas. Ele também é descrito como o sábio que usou seus poderes dármicos para matar os demônios Vatapi e Ilwala depois que eles enganaram e destruíram 9.000 homens.
Agastya Muni no Mahabharata
A história de Agastya Muni é refletida no segundo grande épico hindu, Mahabharata. No entanto, em vez de Rama, a história é contada como uma conversa entre Vaisampayana e Lomasa na seção 33 do Livro 3, o Vana Parva (o Livro da Floresta).
Ele é descrito no épico como um sábio com enormes poderes de ingestão e digestão. Agastya Muni, mais uma vez, impede o crescimento das montanhas Vindhya e as abaixa, e ele mata os demônios Vatapi e Ilvala da mesma maneira mítica que no Ramayana.
O Vana Parva também descreve a história de Lopamudra e Agastya Muni ficando noivos e casados. Ele também contém a história mítica de uma guerra entre Indra e Vritra, onde todos os demônios se escondem no mar, deuses pedindo ajuda a Agastya Muni, que então vai e engole o oceano, revelando assim todos os demônios aos deuses.
Agastya Muni nos Puranas
A literatura purânica do hinduísmo tem numerosas histórias sobre Agastya Muni, mais elaboradas, mais fantásticas e consistentes do que as mitologias encontradas na literatura védica e épica da Índia. Por exemplo, o capítulo 61 do Matsya Purana, o capítulo 22 do Padma Purana e sete outros Maha Puranas contam toda a biografia de Agastya Muni.
Alguns o listam como um dos Saptarishi (sete grandes Rishis), enquanto em outros ele é um dos oito ou doze sábios extraordinários das tradições hindus. Os nomes e detalhes não são consistentes nos diferentes Puranas, nem nas suas diferentes versões manuscritas. Ele é listado de várias maneiras junto com Angiras, Atri, Bhrigu, Bhargava, Bharadvaja, Visvamitra, Vasistha, Kashyapa, Gautama, Jamadagni e outros.
Lopamudra, a Mulher Perfeita
Era obrigatório que Agastya Muni se casasse para ter um filho, de forma a cumprir os deveres dos Manus. Ele resolveu seguir as leis, mas, para isso, usou de uma forma incomum: por seus poderes iogues, ele criou uma criança do sexo feminino que possuía todas as qualidades especiais de caráter e personalidade que deveriam ser atribuídas a uma esposa de um renunciante.
O nobre e virtuoso rei de Vidarbha (uma região ao sul da Índia central, exatamente ao sul das montanhas Vindhya), não tinha filhos e estava fazendo penitências e orações para conceber uma criança. Agastya Muni fez com que a criança que tinha sido criada nascesse como filha do nobre rei de Vidarbha. A criança se chamou Lopamudra.
Quando Lopamudra atingiu a maioridade, Agastya Muni revisitou o rei e pediu-lhe que lhe desse a mão dela em casamento. O rei tinha todo o respeito pelo sábio, mas estava preocupado se a sua filha, uma princesa, concordaria em deixar a confortável vida no palácio para se tornar esposa de um asceta. Mas a sábia e nobre princesa concordou e então eles se casaram.
Outra versão diz que Agastya Muni cresceu e tornou-se um asceta famoso, dedicando sua vida à penitência e às austeridades. Ele aprendeu as escrituras e a arte de usar arco e flecha. Certa vez, ele estava andando em uma caverna e viu seus ancestrais pendurados de cabeça para baixo e perguntou por que eles estavam assim pendurados. “Estamos presos aqui e só seremos libertados e poderemos ir para o céu se vocês tiverem filhos”, responderam os ancestrais de Agastya Muni.
Lopamudra era uma esposa casta e cuidava devidamente de todas as necessidades do marido em todos os momentos. No entanto, Agastya Muni ficou absorto em suas austeridades e esqueceu-se completamente dela. Abatida, Lopamudra compôs um hino exigindo seu amor e atenção.
Agastya Muni percebeu que havia esquecido seu dever para com ela e seus ancestrais e mudou seus hábitos. Logo, um filho chamado Dhirdyasu nasceu, e assim os ancestrais de Agastya Muni foram libertados e subiram aos céus. Dhirdyasu é descrito no Mahabharata como um menino que aprendeu os Vedas ouvindo seus pais ainda no útero e que nasceu recitando os hinos.
Rishi Agastya Muni e Lopamudra são adorados como um dos casais sagrados de Rishi do Sanatana Dharma. Assim como Rishi Agastya Muni, Lopamudra também foi uma grande estudiosa védica, e há muitos hinos do Rig Veda compostos por ela. Ambos são adorados no Durbashtami Vrata, um festival para mulheres.
Lendas Sobre Agastya Muni
Agastya Muni bebe o oceano – depois que Indra matou o asura Vritra, ele quis renunciar ao seu reinado por causa da culpa por ter matado um brâmane, mas os devas o convenceram a ficar. Enquanto isso, todos os Kalakeyas (seguidores de Vritra) entraram no oceano e ali se esconderam e planejaram a destruição do universo.
Para ter sucesso, eles decidiram que teriam de matar os rishis. Todas as noites, eles emergiam do oceano e furtivamente matavam centenas de rishis nos eremitérios de Vashishta, Chyavana e Bharadwaja. Todas as manhãs, a Terra ficava repleta de cadáveres, ossos e restos mortais dos rishis. Ninguém sabia quem estava matando esses brâmanes. Todos na Terra começaram a temer por suas vidas e se escondiam em cavernas para se protegerem. Outros, de tão assustados perderam a vida por medo.
Indra e os Devas pediram conselhos ao Senhor Vishnu e ele respondeu:
“Eu sei o que está acontecendo. Existe um grupo de Asuras chamados Kalakeyas. Eles eram seguidores de Vritra, então quando ele foi morto, eles se esconderam no oceano. Eles estão matando os brâmanes com a intenção de destruir o universo. Mas não podemos matá-los porque estão se refugiando no oceano. A única maneira de acabar com eles é destruir o oceano. Procurem Agastya Muni, ele é o único capaz de beber o oceano”.
Após ouvir os deuses, o sábio bebeu o oceano inteiro e o manteve no seu interior até que todos os demónios tivessem sido destruídos.
Os dois irmãos demônios – dois irmãos demônios decidiram matar Agastya Muni. Um deles era perito em mudar de forma e o outro conhecia o Sanjivani mantra e poderia ressuscitar os mortos. O plano deles era que um tomaria a forma de um bode e seria morto para alimentar Agastya Muni. Quando Agastya Muni comesse o bode, o outro invocaria o Sanjivani mantra para trazer o bode de volta à vida, arrebentando assim o estomago de Agastya Muni.
Conforme o planejado, um se transformou em bode e o outro se disfarçou como um Brahmachari que convidara Agastya Muni para o jantar. Mas, Agastya Muni já sabia do plano e com seus imensos poderes, resolveu dar uma lição aos dois irmãos.
Terminado o jantar, Agastya Muni movimentou seu estômago dizendo Jeernam jeernam vathaapi jeernam ("comida, comida, seja bem digerida"). Ao dizer isso, o jantar foi instantaneamente digerido e nem um mal lhe fez e toda a tentativa de tentar trazer a vida ao irmão bode foi em vão.
Reequilibrio da Terra – o Tirumantiram descreve Agastya Muni como um sábio asceta que veio do norte e se estabeleceu nas montanhas Pothigai do sul porque Shiva lhe pediu. Ele é descrito como aquele que aperfeiçoou e amou as línguas sânscrita e tâmil, acumulando conhecimento em ambas, tornando-se assim um símbolo de integração, harmonia e aprendizagem, em vez de se opor a qualquer uma delas.
De acordo com o Skanda Purana, o mundo inteiro visitou o Himalaia quando Shiva estava prestes a se casar com Parvati. Isso fez com que a terra tombasse para um lado. Shiva então pediu a Agastya Muni que fosse à região sul para restaurar o equilíbrio e ele assim, o fez.
Ensinamentos
O grande sábio Agastya Muni escreveu vários textos e escrituras antigas, incluindo Agastya Muni Gita mencionado no Varaha Purana, Agastya Muni Samhita, um tratado sobre medicina tradicional mencionado no Skanda Purana, texto Dvaidha-Nirnaya Tantra. Ele também escreveu sobre Astrologia e Nadi Jyotisyam (Previsões usando a impressão do polegar).
Ele é considerado o autor do Agastimata, um tratado anterior ao século X sobre gemas e diamantes, com capítulos sobre as origens, qualidades, testes e fabricação de joias. Vários outros textos em sânscrito sobre gemas e lapidários também são creditados a ele nas tradições indianas.
Ele inventou a primeira gramática da língua Tâmil, Agattiyam, desempenhando um papel pioneiro no desenvolvimento da medicina Tampraparniyan (significado criado nas margens do rio Tamraparani) e da espiritualidade.
A civilização humana deveria ser grata pela teoria de geração de eletricidade de Agastya Muni. Sua teoria para gerar eletricidade requer um jarro de barro, placa de cobre, sulfato de cobre, serragem úmida e folha de zinco amalgamada com mercúrio. Esses mesmos princípios que os cientistas usaram para produzir a corrente ֎
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