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  • Foto do escritorPaulo Pereira de Araujo

Taylor Swift, Rodolfo Valentino e Elvis Presley

Atualizado: 20 de set.


Rodolfo Valentino, o Latin Lover do cinema mudo


Rodolfo Valentino, foi uma das maiores estrelas do cinema mudo. Nascido em 6 de maio de 1895, na Itália, ele se tornou conhecido como o Latin Lover (Amante Latino) e é lembrado por seu charme exótico e intenso, que cativou audiências ao redor do mundo, especialmente entre as mulheres.



Rodolfo Valentino iniciou sua carreira em Hollywood como figurante e dançarino e alcançou o estrelato com The Four Horsemen of the Apocalypse, em 1921. Valentino se consolidou como símbolo sexual em The Sheik, em1921. Destacou-se em filmes como Blood and Sand (1922) e The Eagle (1925), por sua sensualidade e intensidade emocional.


Ícone cultural com estilo sofisticado e marcante, Valentino teve sua vida pessoal cercada de controvérsias, como rumores sobre sua sexualidade. Ele faleceu em 1926, aos 31 anos, devido a complicações resultantes de uma úlcera perfurada e peritonite. Ele foi submetido a uma cirurgia de emergência, mas não conseguiu se recuperar das complicações. Seu funeral teve uma enorme cobertura da imprensa e foi um dos primeiros grandes eventos midiáticos envolvendo uma celebridade.


Imagem Pública de Rodolfo Valentino


Naquela época, os estúdios de cinema, como a Paramount Pictures, moldavam e promoviam as estrelas. Valentino, foi promovido como o Latin Lover para atrair o público feminino. Sua imagem, cuidadosamente gerenciada pelo estúdio, aparecia em letreiros, pôsteres e materiais promocionais, destacando seu carisma e apelo romântico.


Uma das primeiras celebridades do cinema a se tornar uma marca, Rodolfo Valentino aparecia em produtos como perfumes, roupas e livros inspirados em seus papéis. Ele popularizou estilos de dança como o tango e influenciou a moda masculina com seu look elegante e exótico. Após sua morte prematura, o mito de Valentino foi amplamente explorado, com revistas e jornais alimentando o culto à sua imagem e produtos ligados ao seu "espírito" continuando a ser comercializados.


Elvis Presley, o Rei do Rock


Elvis Presley começou sua carreira musical em 1953, gravando uma demo na Sun Records em Memphis. Em 1954, seu primeiro sucesso, "That's All Right", misturando country e rhythm and blues, marcou o início de sua ascensão. Combinando carisma, presença de palco e um estilo único, Elvis se tornou um fenômeno do rock and roll.

Nos anos 1950 e 1960, a televisão, o rádio e a cultura de massa moderna criaram oportunidades para a exploração comercial.



Em 1955, Elvis Presley assinou com o empresário Coronel Tom Parker, que o ajudou a alcançar sucesso nacional. Em 1956, lançou hits como "Heartbreak Hotel" e consolidou seu status de "Rei do Rock". Parker gerenciou todos os aspectos da carreira de Elvis, transformando-o em um ícone musical e cultural. Assinou contratos lucrativos para filmes, que, apesar das críticas quanto à qualidade, eram populares e muito lucrativos, servindo como extensões da carreira musical de Elvis e aproveitando sua imagem de galã e "Rei do Rock".


A exploração comercial de Elvis Presley ultrapassou a música e os filmes, envolvendo uma vasta gama de produtos licenciados, como roupas, brinquedos e artigos domésticos. Em 1956, já havia mais de 78 produtos com sua marca. Coronel Parker, garantiu lançamentos massivos de álbuns e utilizou material antigo para maximizar lucros. As turnês e shows ao vivo de Elvis eram eventos comerciais amplamente divulgados. Sua fama foi consolidada por participações em programas de televisão, como o The Ed Sullivan Show.


Elvis Presley morreu em 16 de agosto de 1977, aos 42 anos, em sua mansão Graceland, em Memphis, Tennessee. A causa oficial de sua morte foi um ataque cardíaco, com fatores como uso de medicamentos e problemas de saúde preexistentes contribuindo para o seu falecimento. Sua morte chocou o mundo e gerou grande comoção entre seus fãs.


Após sua morte, a mansão Graceland virou um museu lucrativo, e a imagem de Elvis Presley continuou a ser explorada por meio de álbuns póstumos, memorabília e eventos, mantendo seu legado vivo e rentável. A marca Elvis Presley ainda cresce, com sua imagem utilizada em produtos variados, como relógios e camisas.


A frase "Elvis não morreu" é uma expressão popular que se refere à persistente crença de que Elvis Presley, embora oficialmente falecido em 1977, estaria vivo. Essa ideia surgiu devido ao impacto cultural gigantesco de Elvis e à recusa de muitos fãs em aceitar sua morte. Diversas teorias da conspiração alegam que ele teria fingido sua morte para escapar da fama ou por outros motivos. A expressão também simboliza o legado duradouro de Elvis Presley, cuja música e influência permanecem vivas na cultura popular, perpetuando a sensação de que ele "nunca morreu" de fato.


Símbolos Sexuais e Ícones de Masculinidade


Tanto Valentino quanto Elvis tiveram suas imagens cuidadosamente gerenciadas para maximizar o apelo público. Valentino era controlado pelos estúdios, enquanto Elvis foi rigidamente administrado por Coronel Tom Parker. Ambos se tornaram marcas, com seus nomes e imagens para vender produtos além de filmes e música. Suas mortes foram exploradas comercialmente, transformando seus legados em fontes contínuas de lucro. Essas estratégias foram fundamentais para estabelecer o mito em torno de Valentino e Elvis, tornando-os ícones eternos da cultura popular.


Rodolfo Valentino e Elvis Presley se tornaram símbolos de masculinidade e sex appeal em suas épocas. Valentino, como Latin Lover, nos anos 1920, representava o exotismo no cinema mudo. Elvis Presley, nos anos 1950 e 1960, criou uma forma de rebeldia e sexualidade com sua música e estilo de palco. Ambos influenciaram fortemente a moda. Valentino com seu estilo elegante e europeu, Elvis com jaquetas de couro e penteados ousados. Suas mortes prematuras geraram grande comoção e alimentaram cultos de adoração. Comercialmente, suas imagens foram amplamente exploradas, com as estratégias de marketing e promoção de suas épocas.


Taylor Swift, a rainha dos adolescentes


Taylor Swift, nascida em 13 de dezembro de 1989, é uma artista influente conhecida por sua habilidade em transitar entre gêneros musicais e por suas letras emocionais. Iniciou a carreira no country e, após se mudar para Nashville aos 14 anos com seu álbum de estreia em 2006, com o single Tim McGraw. Seu segundo álbum, Fearless (2008), levou-a ao estrelato internacional com hits como Love Story e You Belong with Me. Fearless ganhou o Grammy de Álbum do Ano, tornando-a a artista mais jovem a receber o prêmio na época.



Transição para o Pop


Com o lançamento de Red (2012), Taylor Swift começou a explorar gêneros além do country, incorporando pop e rock. O single I Knew You Were Trouble marcou essa mudança musical. No entanto, foi com 1989 (2014) que Swift fez a transição definitiva para o pop, com hits como Shake It Off e Blank Space. Além do sucesso comercial, 1989 ganhou o Grammy de Álbum do Ano, tornando Swift a primeira mulher a conquistar o prêmio duas vezes.


Em 2017, Reputation trouxe uma Taylor mais ousada e madura, com um som pop eletrônico e uma estética mais sombria, refletindo suas respostas às críticas e polêmicas, como os desentendimentos com Kanye West e Kim Kardashian. Após Reputation, Lover (2019) ela voltou a um tom mais romântico e colorido, enquanto Swift enfrentava uma batalha pelo controle de seus primeiros álbuns. Ela começou a regravar seus trabalhos antigos, lançando Fearless (Taylor’s Version) e Red (Taylor’s Version).


Durante a pandemia, em 2020, Taylor Swift lançou Folklore e Evermore, o que marcou uma mudança para o folk e indie, com um estilo introspectivo e poético. Folklore foi aclamado pela crítica e ganhou o Grammy de Álbum do Ano.


Impacto Cultural


Taylor Swift se destaca por suas letras confessionais baseadas em experiências pessoais que conquistaram a lealdade dos Swifties. Além de seu impacto musical, ela apoia causas sociais e políticas, como direitos das mulheres e igualdade de gênero, além de defender o controle dos artistas sobre suas criações e reformas nos direitos autorais. Com 12 Grammys e milhões de álbuns vendidos, Swift é uma força dominante na música moderna.


Comparações entre Rodolfo Valentino, Elvis Presley e Taylor Swift


Rodolfo Valentino, Elvis Presley e Taylor Swift representam diferentes períodos e abordagens na gestão de imagem e carreira. Valentino, na era do cinema mudo, era moldado pela Paramount como o Latin Lover, com controle limitado sobre sua carreira. Elvis, nos anos 1950 e 1960, foi rigidamente gerido pelo empresário Coronel Tom Parker, que priorizava lucros com filmes e merchandising, deixando Elvis com pouco controle artístico. Em contraste, Taylor Swift conquistou independência artística e financeira, graças ao controle de suas gravações e gerenciamento direto de sua imagem e marketing.



Rodolfo Valentino foi pioneiro na exploração comercial, transformado em uma marca que influenciava moda e popularizava danças, com produtos licenciados como pôsteres e livros. Elvis teve uma massiva exploração comercial, com uma vasta gama de produtos e marketing sob Parker. Taylor Swift adaptou sua estratégia ao digital, interagindo diretamente com os fãs nas redes sociais e lançando produtos licenciados e álbuns-surpresa, com uma forte conexão emocional com o público.


No marketing, Valentino era promovido por revistas e eventos sociais, e sua morte gerou grande cobertura midiática. Elvis usou televisão e rádio para expandir seu público, enquanto Taylor Swift inovou nas redes sociais, criando expectativa com pistas sobre lançamentos e promovendo videoclipes e shows digitalmente.


As respostas às críticas mostram diferenças na gestão de imagem. Valentino lidou com críticas sobre sua masculinidade, Elvis suavizou sua imagem rebelde, e Swift se reinventou com sucesso. Cada um, moldado pelas condições de sua época, deixa legados duradouros como ícones culturais de massa֎


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